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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Conab prevê nova queda do açúcar e aumento do etanol para safra 2018/19

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No caso do etanol anidro, usado na mistura com a gasolina, o aumento é de 7% em sua produção, devendo chegar a 11,86 bilhões de litros, com elevação justificada pelo maior consumo de gasolina que vem persistindo nos últimos anos

03/05/2018 08h48 – DouradosAgora

A melhoria na qualidade da cana-de-açúcar motivou o aumento de 1,4% na produção total de etanol, que deverá chegar a 28,16 bilhões de litros, de acordo com o 1º Levantamento da Safra 2018/2019, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quinta-feira (3). Outro motivo da opção pelo combustível seria a queda dos preços do açúcar no mercado internacional.

No caso do etanol anidro, usado na mistura com a gasolina, o aumento é de 7% em sua produção, devendo chegar a 11,86 bilhões de litros, com elevação justificada pelo maior consumo de gasolina que vem persistindo nos últimos anos. Já a produção de etanol hidratado, que é o próprio álcool biocombustível, deverá ser de 16,3 bilhões de l, com uma queda de 2,3% (380,38 milhões de l). Como consequência do aumento do etanol, a produção de açúcar deverá ficar em 35,48 milhões de t, ou seja, uma retração de 6,3%, em comparação à safra 2017/18 (37,87 milhões de t).

A produção total de cana-de-açúcar está atualmente estimada em 625,96 milhões de toneladas, demonstrando uma redução de 1,2% em relação à safra 2017/18, que fechou em 633,26 milhões de t. A área colhida está estimada em 8,61 milhões de hectares, com queda de 1,3%. A devolução de terras arrendadas e rescisão de contratos com fornecedores também contribuíram para a manutenção dos índices de queda já sinalizados no fechamento da safra anterior.

A área a ser colhida no Brasil de cana-de-açúcar destinada à atividade sucroalcooleira, na safra
2018/19, deverá atingir 8.613,6 mil hectares, representando uma redução de 1,3% em relação ao
ocorrido no exercício anterior. Se confirmada, será a segunda queda consecutiva na área a ser colhida. As
Regiões Norte, Sul e Sudeste devem ter redução na área, enquanto a Região Centro-Oeste e a Sudeste devem manter a área total a ser colhida.

A produtividade média estimada para a temporada 2018/19 é de 72.671 kg/ha, bem próxima da
alcançada nas duas últimas safras, que foi de 72.623 kg/ha na safra 2016/17 e 72.543 kg/ha na safra
2017/18. O envelhecimento das lavouras, a baixa taxa de renovação, a falta de investimento em algumas
regiões e a redução do pacote tecnológico têm mantido as médias brasileiras inferiores a 80.000 kg/ha

*** Em Mato Grosso do Sul***

As chuvas foram muito intensas no primeiro trimestre de 2018. Em janeiro e fevereiro, o acumulado nas
principais regiões produtoras do estado ficou acima de 500 milímetros. A partir do final de março, as precipitações começaram a reduzir, facilitando o início da colheita. Algumas unidades de produção começaram a colher a cultura a partir de fevereiro, porém, com o excesso de chuvas, houve muita paralisação pela impossibilidade de entrada das colhedoras. Mesmo com tanta precipitação, não houve relatos significativos de perdas quantitativas e qualitativas da matéria-prima para moagem.

Com o início da estação climática do outono, as temperaturas começaram a reduzir, principalmente à noite,
favorecendo a concentração de sacarose da cultura. As partir de abril, a colheita se intensificou, visto
que praticamente todas as unidades de produção já iniciaram a colheita.

Em relação ao ATR, há uma grande variabilidade entre as unidades produtoras de cana-de-açúcar decorrentes da localização geográfica, clima e do manejo. A expectativa dessa safra é de que o ATR médio seja de 132,7 kg/t.

No estado, as principais pragas que acometem as lavouras de cana-de-açúcar são a broca da cana e a cigarrinha. Poucas unidades de produção relataram danos significativos causados por essas pragas. Na safra atual elas estão controladas, pois o controle químico, a utilização de novas variedades e a mudança no manejo, têm proporcionado bons resultados no que diz respeito ao controle.

A ferrugem alaranjada é a principal doença que acomete a cultura da cana-de-açúcar no estado, no entanto,
não há problemas significativos com tal doença, pois o uso de variedades resistentes, plantadas ao
longo do tempo, tem contribuído para o controle.

Muitas unidades de produção anteciparam o período de moagem. A expectativa é que o mercado continue
aquecido porque, além da reação dos preços, foi criada a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), a qual servirá de estímulo ao setor sucroenergético. Esses eventos favoráveis proporcionam maiores investimentos no pacote tecnológico das unidades de produção do estado.

A área a ser colhida no Brasil de cana-de-açúcar destinada à atividade sucroalcooleira, na safra2018/19, deverá atingir 8.613,6 mil hectares, representando uma redução de 1,3% em relação aoocorrido no exercício anterior

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