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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Alteração genética pode contribuir para tendinite

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20/08/2014 11h24

Resultado de pesquisa beneficiará novos jogadores de vôlei que poderão iniciar prevenção já no início da carreira.

Estudo realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) identificou genes relacionados ao desenvolvimento da tendinite em atletas da seleção de voleibol masculino.

Os resultados indicaram que alterações dos genes BMP4 e do FGF3, além da idade e do tempo da prática esportiva, contribuem para desencadear o processo de degeneração que ocorre nos tendões dos jogadores.

A pesquisa foi realizada com 138 jogadores do voleibol masculino, de 18 a 35 anos, que praticam treinamento de quatro a cinco horas por dia.

O grupo passou por entrevista e análise clínica. Do total, 86 não apresentavam histórico de dor sugestiva de tendinopatia, nome científico da doença.

Os outros 52 atletas sentiam dor progressiva nos tendões do ombro, quadril, joelho e tornozelo, sendo 58% com maior incidência na patela (joelho). Os diagnósticos foram confirmados com exame de ressonância magnética.

O trabalho, publicado no Journal of Science and Medicine in Sport, está sendo apresentado a treinadores, médicos e fisioterapeutas da seleção de vôlei e de clubes de voleibol.

“Sabendo quem tem risco de desenvolver a doença, por meio de testes de identificação dos marcadores genéticos, os treinadores poderão decidir por novas condutas de exercícios para preservar e proteger os atletas antes mesmo do problema aparecer”, afirma José Inácio Salles, coordenador do Laboratório de Pesquisa Neuromuscular do Into.

A tendinite afeta 38% dos jogadores de alto rendimento e provoca a degeneração dos tendões (estrutura fibrosa que une o músculo ao osso) pelo excesso de esforço repetitivo devido à prática esportiva.

Em geral, a degeneração é mais comum nos tendões do ombro, joelho e tornozelo, e pode surgir em decorrência de uma lesão, envelhecimento ou excesso de uso, como é o caso dos atletas.

O DNA dos atletas

Pesquisadores do Centro de Terapia Celular e Bioengenharia Ortopédica do Into colheram amostras de saliva de todos os atletas para estudo do DNA, em parceria com a Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

A análise revelou que atletas com genótipo polimórfico GT+TT, para o gene BMP4, têm 2,4 vezes mais suscetibilidade de ter a tendinite durante o treinamento.

A idade (faixa dos 27 anos) associada ao tempo de prática do esporte (cinco anos pelo menos) também foram considerados fatores de risco. A associação entre a doença e o gene BMP4 foi confirmada.

A pesquisadora Priscila Casado, responsável pelo projeto, destacou a importância científica dos resultados. “Conseguimos identificar genes específicos associados a uma doença que atinge grande parte dos atletas, entre os 25 mil genes humanos existentes. Com isso, caracterizamos um dos principais fatores que pode causar a tendinopatia”, explicou.
(Ministério da Saúde)

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