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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Sociedades de especialistas aprovam e recomendam vacina contra o HPV

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15/04/2014 14h00

Sempre que o Ministério da Saúde pretende implementar uma nova vacina ou ampliar a faixa etária de uma vacina já existente, baseia-se em diversos estudos e recomendações de entidades científicas nacionais e internacionais.

Para inserir a vacina contra o HPV no Brasil serviram de base: as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS); a experiência de outros países; o apoio do Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI); e estudos que comprovam a sustentabilidade e custo-benefício da vacina.

Com o objetivo de assessorar o Ministério da Saúde nas decisões tomadas no âmbito das imunizações, foi criado em 1991 o Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI), composto por representantes de diversas sociedades científicas, entre infectologistas, da área imunológica, pediatras, pessoas de renomado saber científico na área, laboratórios públicos, acadêmicos e uma série de técnicos da sociedade civil, e de várias áreas do ministério.

“O CTAI é onde temos todas as entidades médicas importantes da área de vacinas. Com esse conjunto de pessoas temos um assessoramento importante.

E a partir desse fórum privilegiado de expertos, o ministério define sua política de vacinação”, explica Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de imunizações (PNI).

Carla ressalta que a implantação da vacina contra o HPV foi consenso dentro do CTAI, inclusive com as entidades se manifestando publicamente a favor da vacinação.

Sobre a segurança da vacina, o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, entidade presente no CTAI, Renato Kfouri, afirma não haver dúvidas de que a vacina é segura. “

Ela já foi aplicada em larga escala em quase toda a Europa, EUA e América Latina (Argentina, México, Colômbia, Uruguai).

São mais de 175 milhões de doses aplicadas. Começamos então a acumular experiência com a vacina e a Sociedade Brasileira de Imunizações aprova, apoia e recomenta a vacina contra o HPV”, conclui Renato.

Outra importante sociedade de especialistas presente no CTAI é a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Membra do CTAI representando essa sociedade, a médica infectologista Marta Heloísa Lopes conta que uma preocupação do Comitê sempre foi o fato do câncer de colo do útero ser para as mulheres a segunda causa de morte por câncer.

“Acreditamos que uma vacina que interfira nesses resultados seria extremamente importante”, comenta a infectologista.

A médica Marta Heloísa ressalta ainda que os diversos estudos existentes mostram que a vacina é segura. “Não é uma vacina de vírus vivo.

É uma partícula do vírus que está nela, por isso ela não pode causar doenças. Dentro do Comitê o consenso foi total. Não houve nenhuma voz discordante”, argumenta a Dra. Marta.

Quando existe um consenso entre as sociedades médicas, acredita a coordenadora do PNI, Carla Domingues, elas passam a ser formadoras de opinião e um importante elo entre a população e o programa de imunizações do Ministério da Saúde.

“Um dos motivos do Brasil ter uma alta cobertura vacinal é que as sociedades médicas trabalham em conjunto com o ministério. Seja esclarecendo a população da importância de tomar as vacinas, seja nos auxiliando na informação dada aos profissionais de saúde”, completa Carla.
(Blog da Saúde)

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