07/09/2014 18h00
Embora muito se fale sobre os altos e baixos do preço médio alcançado no mercado internacional pela carne de frango brasileira, a verdade é que o produto (considerado o conjunto dos quatro itens exportados – frango inteiro, cortes, carne de frango salgada e industrializados de frangos) vem registrando grande estabilidade de preço.
Exemplificando, nos 36 meses encerrados em julho de 2014, o valor médio do produto girou em torno de US$2.013,00 por tonelada exportada, com variações máximas de 11%-12% abaixo e acima dessa média.
Um resultado bem diferente do observado dez anos antes, no mesmo período, ocasião em que o preço do produto variou desde 18% abaixo até 24% acima do valor médio (amplitude de 42 pontos percentuais, quase o dobro da amplitude atual).
Por essa razão, o que faz a diferença no setor é o câmbio. Pois foi ele, sobretudo, que permitiu que, entre agosto de 2011 e abril de 2013, houvesse uma valorização de 41,27% no preço médio, em real, do produto exportado.
Aliás, foi também o câmbio quem impediu que a partir de abril de 2013 o valor referencial interno apresentasse o recuo observado no mercado internacional.
Naquela época, em menos de um ano, o preço obtido pelo frango brasileiro no mercado externo recuou mais de 17%. Mas pela moeda brasileira o recuo registrado não chegou a 4%, observando-se grande estabilidade na remuneração obtida.
Agora, no bimestre junho-julho, essa estabilidade voltou a ser rompida, mas com valorização do produto. Que registra, no período, os melhores resultados de todos os tempos – senão em dólar, ao menos em real. Mesmo isso, porém, não cobre a inflação acumulada nos últimos 12 meses.
(Avisite)
