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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Congresso sobre Estudos Interculturais destaca importância de indígenas e povos

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02/12/2014 18h08 – Atualizado em 02/12/2014 18h08

Congresso sobre Estudos Interculturais destaca importância de indígenas e povos do campo na UFGD

Assessoria

O 1º Congresso Internacional sobre Estudos Interculturais teve sua abertura realizada na noite de ontem (1º), no auditório da Unidade 2 da Universidade Federal da Grande Dourados. O evento, que conta com a participação de professores e pesquisadores de pelo menos três países, tem como intuito reunir cursos interculturais de todo o Brasil e experiências semelhantes da América Latina.

Na UFGD, a Faculdade Intercultural Indígena (FAIND) oferece os cursos de Licenciatura Indígena e de Licenciatura do Campo, cursos de graduação que são realizados na metodologia de alternância e cuja estrutura curricular privilegia o diálogo com os conhecimentos tradicionais das populações do campo.

A abertura do evento contou com uma apresentação da Orquestra de Violões Te’ykue, formada por alunos indígenas do Ensino Médio do município de Caracol. Em seguida, estudantes do curso de Licenciatura do Campo fizeram uma mística abordando a importância da organização e dos movimentos sociais campesinos, que foram protagonistas da conquista do direito à educação no campo. Por fim, rezadores guarani-kaiowás fizeram uma pajelança para dar as boas-vindas aos participantes.

A mesa de autoridades foi composta com a presença da estudante Gislaine Miotto, que cursa Licenciatura do Campo. Ela enfatizou que, se hoje tem a oportunidade de cursar uma faculdade voltada para a formação de assentados, é graças à luta e negociação dos movimentos sociais.

Anastácio Peralta, aluno da Licenciatura Indígena, participou da mesa de abertura representando os professores indígenas. Ele destacou que os cursos da FAIND hoje são inovadores, e inovar a universidade é um desafio. “A universidade é uma instituição centenária, tem uma mentalidade muito antiga”, disse ele.

O professor Andérbio Márcio da Silva Martins, coordenador do evento, e a professora Helaine da Silva Ladeira, coordenadora do PIBID Diversidade, agradeceram ao empenho de docentes, técnicos e professores da FAIND que viabilizaram a realização do congresso.

O professor Losandro Tedeschi, representando a Cátedra Unesco Diversidade, Gênero e Fronteira, afirmou que o congresso é um espaço de grande importância, no qual professores e estudantes de diversos países e instituições podem refletir e debater sobre os cursos e licenciaturas interculturais.

O diretor da Faculdade Intercultural Indígena, professor Antonio Dari, destacou que o evento traz a Dourados palestrantes que são referência nos estudos interculturais e que, por isso, se torna um marco nas pesquisas sobre o tema.

O professor João Carlos de Souza falou em nome da Administração Central e agradeceu aos povos do campo, indígenas, assentados e quilombolas, que hoje compõem o quadro de alunos e também de servidores da UFGD. “Vocês são a razão de existir desse evento e também de uma série de políticas da UFGD. Como falou o professor Anastácio, mudar a universidade não é fácil, mas se ela não estiver aberta a mudanças, a tensões, ao diálogo com o diferente, então ela não está sendo inovadora, ela não está cumprindo seu papel de construir novos conhecimentos e melhorar a sociedade”, avaliou o diretor da Faculdade de Ciências Humanas (FCH).

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