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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Família de artista preso no Irã por preconceito religioso apela por justiça

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22/07/2015 14h30 – Atualizado em 22/07/2015 14h30

Familiares de artista preso no Irã por preconceito religioso apela à justiça

Shahriar Cyrus foi preso por suas crenças religiosas em 29 de junho

Douradosagora

Na noite de 29 de junho, oito agentes do Ministério de Inteligência do Irã invadiram a casa de Shahriar Cyrus, conhecido e respeitado artista plástico iraniano em Teerã. Eles confiscaram livros e outros pertences pessoais e da família. Desde então, o paradeiro de Shahriar é desconhecido.

Shahriar tem 46 anos e é pai de uma criança de 7. Familiares do pintor residentes no Brasil afirmam que ele tenha sido preso devido ao fato de ser seguidor da Fé Bahá’í, uma religião pacifista que reúne cerca de 350 mil seguidores no Irã e mais de 7 milhões em todo o mundo.

“A Fé Bahá’í prega igualdade racial e de gênero e ensina que as pessoas devem ser livres para investigar a verdade. Foram essas mesmas crenças que me encorajaram a ser consultor de Direitos Humanos e Cultura de Paz aqui no Brasil, e que agora levaram à prisão do meu primo no Irã”, diz Sam Cyrous, morador de Goiânia (GO).

Segundo artigo do Huffington Post, Shahriar provavelmente está na prisão de Evin, especialmente concebida para “inimigos do estado”. Lá estiveram presos o cineasta Maziar Bahari (que produziu recentemente com Jon Stewart o filme Rosewater), a jornalista Roxana Saberi, além de vários ativistas de direitos humanos e prisioneiros políticos.

A tia de Shahriar, Elaheh Cyrous, saiu do Irã na época da Revolução Islâmica e está há 35 anos longe de sua terra natal. “Meu sobrinho não era nem jornalista nem ativista de direitos humanos. Ele é um intelectual de arte, e qualquer pesquisa demonstra isso. Ele foi preso apenas por ser bahá’í, uma fé que é perseguida há décadas pelo Regime, para que os bahá’ís desapareçam. A comunidade internacional precisa dizer ao Irã que esse tipo de prisão contra pessoas de bem não pode acontecer”, diz Elaheh.

Atualmente existe mais de uma centena de bahá’ís presos no Irã, incluindo as sete lideranças nacionais presas em 2008. Em 2010, os sete foram injustamente condenados a 20 anos de prisão – a maior pena já decretada a prisioneiros de consciência naquele país.. A constante ameaça de ataques a residências, prisões e detenções arbitrárias estão hoje entre os principais aspectos da perseguição aos bahá’ís no Irã.

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