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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Família doa córneas do surfista assassinado em Santa Catarina

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21/01/2015 08h06 – Atualizado em 21/01/2015 08h06

Família doa córneas do surfista assassinado em SC

Globo.com

As córneas do surfista Ricardo dos Santos, 24 anos, que foi assassinado após discussão com policial, foram retiradas e serão doadas. O atleta, especialista em ondas grandes e tubulares, morreu às 13h10 de ontem, em Florianópolis (SC), por “piora clínica de um quadro de choque hemorrágico e disfunção de múltiplos órgãos”.

Ricardinho, como era conhecido, foi baleado na segunda, com três tiros. Um policial militar é o principal suspeito do crime, ocorrido em frente à casa do surfista, na Guarda do Embaú, em Palhoça.

Segundo o banco de olhos do hospital, as córneas foram esplantadas por volta das 15h30. Elas ficaram armazenadas e podem ser transferidas em um período de 15 dias. Será priorizada a doação para solicitantes da região da Grande Florianópolis, vinculados a lista de espera pública estadual.

A direção do hospital esclarece que, por não ter ocorrido morte encefálica, e sim parada cardíaca, demais tecidos e órgãos não puderam ser aproveitados para doação.

No boletim do hospital, a direção diz que Ricardo teve ferimento de arma de fogo “tóraco-abdominal grave”. Na segunda, ele foi submetido a tratamento cirúrgico de emergência e posteriormente transferido para a UTI.

A família diz querer cremar o corpo e jogar as cinzas no mar da Guarda do Embaú, onde será realizado o velório na paróquia local. Os parentes ainda não tem uma data para o velório, pois como a morte envolve um crime, o corpo pode ter que passar por perícia antes da liberação.

O policial militar Luis Paulo, de 25 anos, suspeito de ter disparado os três tiros contra Ricardinho, já respondeu a outros processos criminais – e foi absolvido em todos, segundo a PM.

O delegado responsável pela investigação, Marcelo Arruda, disse que solicitará a mudança da tipificação do crime de tentativa de homicídio para homicídio doloso qualificado – alteração que ainda deve ser analisada pela promotoria de Justiça. Em paralelo, o PM também responderá a um inquérito militar pelo mesmo crime.

Testemunhas ouvidas pela polícia contaram que, por volta das 8h30 de segunda, Ricardinho e o avô dele, Nicolau dos Santos, iam começar o conserto de um cano que traz água do morro e abastece as casas da família.
Um carro estava parado sobre o ponto onde o cano passa. O surfista teria pedido aos dois ocupantes para que o automóvel fosse tirado dali, mas um deles teria reagido de forma agressiva.

Um morador da Guarda do Embaú relatou que o policial disse “quem manda aqui é nós”. “No exato momento, eu cheguei junto e o Ricardo falou ‘como quem manda aqui é nós se eu nasci aqui, nunca vi vocês aqui’. Eu cheguei e falei ‘não, cara, é melhor vocês saírem'”.

Segundo os moradores não houve uma discussão forte e, quando todos achavam que o motorista estava saindo com o veículo, o policial sacou uma pistola e atirou duas vezes contra Ricardo. O atleta ainda tentou correr, mas foi atingido por mais um tiro nas costas, conforme testemunhas.

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