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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Época de nascimentos de equinos exige atenção redobrada no pré e pós-parto

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27/10/2014 17h24

A primavera é uma das mais importantes estações do ano dentro de um haras. Os dias mais longos, com maior luminosidade, marcam não só o início do período reprodutivo dos animais como também o dos nascimentos, muitas vezes frutos de importantes e esperados acasalamentos.

O período exige cuidados importantes com os recém nascidos, que serão cruciais para o seu desenvolvimento até a chegada a vida adulta. Isso porque sua fragilidade inspira atenção e acompanhamentos diários, principalmente nos primeiros dias de vida.

Os cuidados devem começar ainda no pré-parto da égua. O período de parição ocorre 11 meses após a cobertura, entre 310 a 365 dias, porém, 20 dias antes da data prevista do parto, as fêmeas são colocadas em piquetes a chamada maternidade, com boa pastagem e sem perigos aparentes como beira de rios e lagos, um local plano e de fácil acesso para que possam ser acompanhadas com facilidade.

Segundo o médico veterinário do Haras Motta, Alisson Marques, essa preocupação facilita um maior cuidado no momento do parto.

Nossos funcionários visitam a maternidade várias vezes ao dia, para se certificar que tudo está caminhando bem. Como a maioria das fêmeas parem de noite ou de madrugada, os cuidados com a localização do piquete e o bem-estar das fêmeas são essenciais – diz.

Já no pós-parto a atenção é toda voltada ao potro. Da amamentação aos primeiros impulsos, tudo deve ser acompanhado de perto.

De acordo com as práticas, o animal precisa ficar em pé em até 2 horas e mamar o colostro nas primeiras 6 horas de vida, além de apresentar estímulos como sucção e parecer sadio.

É preciso verificar também se o umbigo se rompeu corretamente da placenta, se existe vestígio de aspiração do líquido amniótico nas narinas e boca e se o animal respira normalmente.

Os perigos caso esses cuidados não sejam tomados, envolvem desde a baixa imunidade devido a não ingestão de colostro até a infecção do umbigo, a chamada bicheira, que pode prejudicar as articulações do potro. Se não tratadas a tempo, podem levar a inutilização esportiva do animal e até a sua morte – explica Marques.

Buscando ainda ações preventivas quanto ao bem estar dos recém nascidos, o Haras utiliza de uma alternativa para aumentar a imunidade dos pequenos animais.

Nós ainda aplicamos o plasma hiperimune nas primeiras 12 horas de vida, um concentrado de anticorpos prontos produzidos em animais – os doadores de plasma – que são estimulados a uma superprodução de anticorpos contra as principais doenças encontradas no Brasil, diminuindo taxas de pneumonia e diarreias, produzindo potros mais saudáveis – salienta.

Para o proprietário do Haras, o criador Antônio Motta, todas as ações são válidas para se prevenir e evitar qualquer tipo de perda.

Como em qualquer criação, a atenção com os animais é diária, porém, como esses animais serão altamente exigidos no futuro, principalmente no quesito saúde para que possam apresentar uma melhor performance nas competições, os cuidados são redobrados e a preocupação ainda maior – conclui.(famasul.com.br)

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