21/07/2015 16h28
Há dois anos, a Helicoverpa armigera chegava ao Brasil e provocava prejuízos contabilizados na casa dos bilhões de Reais.
Qual é a situação dessa praga em 2015? “O inseto continua a ocorrer, mas agora dentro da normalidade. Não sumiu, mas está num padrão aceitável para manejo”, responde o pesquisador Ivan Cruz, da Embrapa Milho e Sorgo.
Ele explica a diminuição da infestação pela presença dos controladores biológicos naturais: “Hoje é comum ver ovos de Helicoverpa parasitados por trichogramma (vespa).
Há ainda o orius, percevejo que tem presença na espiga e come ovos de lagartas, e a tesourinha, que também devora grande quantidade de ovos de pragas.
Ou seja, temos agentes de controle biológico de alta incidência. A praga está presente, mas não causa danos consideráveis”.
Colega de Cruz na unidade de Sete Lagoas (Minas Gerais), a especialista Simone Mendes acredita que houve um reequilíbrio do sistema: “Hoje existe resistência no ambiente que mantém a armigera sob controle”.
Opinião semelhante tem o também pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Paulo Viana, ao acrescentar que inimigos naturais e condições climáticas regulam as populações de pragas.
“Como esses fatores variam de uma região para outra, pode ocorrer maior incidência num local e não ocorrer em outro”, explica.(Agrolink)