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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Obras retratam o cotidiano entre as cidades de Ponta Porã e Pedro Juan

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17/08/2015 07h01 – Atualizado em 17/08/2015 07h01

Eder Rubens/O Progresso

A fronteira entre Ponta Porã (BR) e Pedro Juan Caballero (PY), possui uma diversidade sócio-cultural impar em constante inquietação. É neste cenário que o artista plástico, Julio Cezar Alvarez busca inspiração para produzir suas obras em telas e objetos que como o próprio autor define, não possui início nem fim, com um olhar longe e ao mesmo tempo perto, sem limites, mas com cautela sem perder a transgressão em meio as cores e formas. Todo talento, imaginação de Julio Cezar Alvarez, será apresentado na Exposição “Fronteira” que acontece de 1º a 30 de setembro no Museu de Arte Contemporânea (Marco) em Campo Grande.

“Fronteira” contará com telas e objetos produzidos em seis meses de árduo trabalho, que retratam o cotidiano do dia a dia das cidades vizinhas, que mesmo em meio ao caos, possui personagens interessantes que inspiram o artista.

“A exposição possui obras que buscam despertar no público, a inquietação, o questionamento e ao mesmo tempo explicar o inexplicável da fronteira. As telas e objetos formam um caminho para que possamos juntos entender esta riqueza cultural, de uma dinâmica fronteira” explica Julio.

Ele lembra que a fronteira está em constante movimento, com fatos e acontecimentos inusitados, formando personagens inspiradores, propondo um longo caminho de ambigüidade que permite cada vez mais atenção e compromisso com a sensibilidade.

“A fronteira possui esta característica de encontrar tipos, cores e formas que inspiram, tudo ao mesmo tempo, cada qual com sua particularidade, que mesmo no caos se transformam em alegria, festa, música e emoção” frisa.

A exposição contará com “Ivaga Rapé”, do guarani que significa “Caminho ao Céu” com peças e objetos que formam uma junção de cenas e personagens que se encontram em meio as possibilidades existentes na fronteira.

Julio ressalta que algumas peças que compõem a mostra, foram produzidas com materiais recicláveis, feitas por alunos há mais de 40 anos, em aulas de estágio em uma instituição de ensino. “Na produção das telas para exposição, por acaso surgiu uma série de papeis e formas, que lembrei ser de alunos que atendi a 40 anos. Então resolvi produzir objetos que fará parte do “Ivaga Rapé” .

O artista plástico agradece a Secretaria de Cultura de Mato Grosso do Sul pela oportunidade em apresentar “Fronteira” no Marco, onde também realizará duas palestras, uma voltada para os artistas da Capital e outra para alunos dos cursos de Artes. “É uma satisfação realizar uma exposição no Marco, que faz parte de um momento importante da minha vida. A fronteira tem coisas magníficas para ser apresentada. Meu muito obrigado a Prefeitura e a Fundação da Cultura de Ponta Porã pelo apoio logístico para realização da exposição”.

A crítica de arte Maria Adélia Menegazzo, avalia que as pinturas de Julio demandam do observador uma relação afetiva provocada pelas cores intensas, pelas figuras desajeitadas e fragmentadas. “Mas é preciso olhar atentamente para elas e perceber a ambiguidade de que são revestidas”.

Julio Cezar Alvarez em seu ateliê em Pedro Juan Caballero. (Foto: Wlamir Quintana)

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