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sexta-feira, 26 de abril de 2024

450 famílias invadem casas populares; polícia também registra furtos

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13/04/2015 06h42

450 famílias invadem casas populares inacabadas no Dioclécio Artuzi II

Também ocorreram furtos de de 200 caixas de materiais entre pias, vasos de banheiro e pisos que seriam instalados

Valéria Araújo

As 450 casas populares que estão sendo construídas no Residencial Dioclécio Artuzi II foram invadidas na manhã e tarde de sábado em Dourados. Mesmo com as obras inacabadas, centenas de famílias chegaram de vários bairros de Dourados, já que a notícia da invasão circulou rápido. Houve furtos de mais de 200 peças de materiais como vasos sanitários, pias e pisos, segundo os moradores. Um outro movimento também estaria invadindo casas, e negociando a “venda” fora do empreendimento, segundo moradores.

De acordo com moradores uma movimentação por um grupo de pessoas que não foram sorteadas motivou a invasão coletiva. Elas, segundo os moradores, teriam se organizado com algumas lideranças ligadas a movimentos e invadiram o local na certeza de que não seriam retirados, conforme denúncia. Segundo informações apuradas no local, alguns moradores que não foram contemplados com as casas chegaram a “pagar” mensalidades a um movimento que já arquitetava a invasão. “Era de conhecimento geral dos moradores as diversas reuniões que faziam para receberem pagamentos. Eu só não entrei neste movimento porque falaram que já haviam fechado o grupo”, disse um morador que preferiu não se identificar. Essas informações, que são extraoficiais dos moradores, deverão ser checadas pelos organismos competentes.

De acordo com informações coletadas no local, o movimento reuniu pessoas que foram sorteadas e outras que não foram. O problema é que com a invasão, muitas famílias que teriam direito a casa, já que passaram por sorteio oficial, tiveram seus imóveis invadidos.

Duas famílias que haviam acabado de chegar no local, estavam preocupadas por que suas casas foram ocupadas por terceiros.”Eu entendo que muitas tem filhos como eu e que precisam de um local para morar, mas como nós que ganhamos as casas de forma legal ficaremos?”, destaca.
Um outro morador disse que não aguentava mais morar de aluguel e que por esta razão optou pela invasão como única forma criar os filhos de forma segura. “Eu fiquei sabendo que estavam entrando e vim com a minha família por que há mais de 5 anos estamos cadastrados pela Prefeitura e nunca fomos chamados. Estamos tendo que escolher entre pagar o aluguel ou comprar comida para nossos filhos”, disse um morador que preferiu não ser identificado.

Reintegração

De acordo com informações da Guarda Municipal de Dourados, as casas estavam em fase de construção por uma empreiteira, que é a representante legal da obra até que ela seja concluída e oficialmente entregue ao município. Por causa disso, a Prefeitura não teria como pedir a reintegração de posse, o que deverá ser feito pela empresa responsável pelas obras.

A equipe do Jornal O Progresso esteve no local e constatou que todas as casas estão ocupadas. Algumas delas foram demarcadas com o nome da pessoa que invadiu. Muitos carros no local e pessoas jovens. Alguns moradores observaram que casa foram invadidas por menores de idade. Alguns seguranças particulares estão no local, sem poder fazer muita coisa.

Foto: MARCOS RIBEIRO/O PROGRESSOFamílias ocuparam casas no conjunto Dioclécio II

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