06/05/2015 15h24 – Atualizado em 06/05/2015 15h24
Flávio Verão
Parte das famílias que ocupam as 450 casas no conjunto habitacional Dioclécio Artuzi III, desde 11 de abril, prometem resistir a ordem de despejo dado pela Polícia Militar na manhã desta quarta-feira. Em reunião com uma comissão dos ocupantes das moradias, o comandante Carlos Silva havia proposta a saída das famílias até domingo, mas foi adiado para segunda-feira, dia 11.
Um dos ocupantes que preferiu não se identificar disse ao Dourados Agora que ele e demais vizinhos vão aguardar a polícia. “Eu não tenho para onde ir. Morava de aluguel, entreguei a casa para vir aqui com minha mulher e filha. Agora que estou desempregado não tenho como encontrar outra residência de forma urgente”, disse. Ainda de acordo com o ocupante, as famílias precisariam de um prazo maior.
O comandante da Polícia Militar Carlos Silva disse ao Dourados Agora que não há possibilidade de estender o prazo em razão da ordem judicial. “Caso as famílias não deixem o local, uma equipe da PM e oficiais de justiça irão terça-feira até o conjunto habitacional se reunir com os resistentes, para anunciar que, a partir do dia seguinte, quarta, a tropa de choque poderá chegar a qualquer momento a fim de cumprir o despejo”, anunciou comandante.
A tropa de choque é de Campo Grande e a princípio já estava comunicada para cumprir a reintegração de posse a partir de sábado. A ordem de despejo foi feita pela construtora LC Braga e a justiça atendeu o pedido. As 450 casas em fase de acabamento foram sorteadas em dezembro de 2013 e os futuros moradores aguardam a Caixa Econômica Federal entregar as chaves. As moradias são construídas com recurso federal do programa Minha Casa, Minha Vida.
