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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Criançada não é mais criativa: ‘consome o que vem pronto’

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22/08/2014 11h09 – Atualizado em 22/08/2014 11h09

Criançada não usa mais da criatividade: ‘consome o que vem pronto’

Redes sociais e de outros tipos de comunicação dos tempos pós-modernos afastam do dia a dia criativo, da relação pessoal e do crescimento da cultura

Luiz Radai

A opinião da folclorista Odila Lange sobre o panorama atual da cultura popular é uma só: falta muita coisa. Entre estes pensamentos está o que pode ser tido também como um alerta para as novas gerações. Segundo Odila, a criançada precisa aguçar a criatividade e parar de consumir o que ‘vem pronto’ da tecnologia.

“Penso que o folclore é de suma importância para o desenvolvimento de uma sociedade sadia. Fazem falta as brincadeiras de rodas, a contação de histórias, os brinquedos de pegador e até a popular “casinha” para a socialização de nossos pequeninos”, analisa.

Segundo a poetiza, a criançada de hoje em dia se comunica através de redes sociais e de outros tipos de comunicação dos tempos pós-modernos que as afastam do dia a dia criativo, da relação pessoal e do crescimento da cultura.

“As crianças não possuem mais criatividade para fabricarem seus próprios brinquedos, tanto que uma noite sem energia para elas é o holocausto, pois ficam sem net, sem videogames e essas novidades dos tempos de agora. Não exercitam a criatividade”, disse. Para Odila, ser capaz de improvisar um passatempo é uma das características para não se tornar ‘mero robozinho’ dos meios de comunicação modernos e rápidos. “Isso lhes dá tudo pronto e não os faz pensar”, criticou.

Odila, no entanto, ressalta a importância dos avanços tecnológicos. Mas acredita que é necessário reformular a maneira de crescer das crianças.

EXEMPLO

Temos muitas lendas e contos no folclore brasileiro. No entanto, poucos sabem que nosso Estado também possui certos mitos. Odila ressalta: “Existe sim. Uma lenda linda denominada de “O governo do mundo”, resgatada por mim e que consta em meu livro ‘Folclore ou folclore?’. Também temos a Lenda da Erva Mate que pode ser aplicada à nossa região. Contos, temos vários, principalmente os encontrados nos livros de Hélio Serejo”. Então, é só entrar nesse mundo.

O livro mencionado por Odila Lange é uma obra publicada em 1996 que teve enorme sucesso. “Folclore ou folclore?” teve a edição esgotada.

“Felizmente apresentei um projeto para o FIC (Fundo de Investimento Cultural) do Estado de MS e fui agraciada com a aprovação do mesmo. Em breve ele estará novamente no mercado literário com uma cara totalmente nova”, conta.

Odila prefere manter ‘segredos’ sobre a republicação. “Não vou falar dele não é para despertar a curiosidade das pessoas”. O lançamento está previsto para o mês de novembro deste ano.

Odila Schwingel Lange, mais conhecida como a ‘Poetisa Guerreira’, é uma batalhadora em prol da cultura (Foto: Arquivo Pessoal)

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