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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Enfermeiros do HE decidem hoje rumo da greve por atraso de salários

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16/12/2014 07h09 – Atualizado em 16/12/2014 07h09

HE pode enfrentar greve por constante atraso de salários

Equipe de enfermagem decide hoje se irá cruzar os braços a partir de sexta; há mais de um ano pagamento sai atrasado

Flávio Verão

O Hospital Evangélico de Dourados pode enfrentar uma greve geral por parte da categoria de enfermagem. O motivo seria o constante atraso de salários que se arrasta há mais de um ano. Até ontem não havia sido pago o mês de novembro e nem a primeira parcela do décimo terceiro. Sem receber, os funcionários têm que apelar por ajuda de parentes e amigos e pagar as contas sempre com juros.

Por medo de perder o emprego, nenhum funcionário fala sobre o assunto, mas o clima no maior e mais antigo hospital em Dourados é de insatisfação. “Vivo de aluguel e todo o mês acontece isso, salário pago com 10, 15 dias de atraso. Minhas contas sempre são pagas depois de vencidas e isso é ruim”, disse uma técnica de enfermagem que preferiu não se identificar.

Hoje pela haverá uma assembleia em frente ao hospital com a participação do Sindicato da Enfermagem, que já entrou com ação judicial contra o hospital, pelo constante atraso de pagamento. “Vamos deliberar durante essa reunião a aprovação ou não da greve. Se for votado o “sim”, a partir de sexta-feira a enfermagem estará de braços cruzados”, anuncia o presidente da categoria, Lazaro Santana.

De acordo com ele, o atraso de pagamento é um desrespeito com os funcionários. “Vemos isso como falta de gestão do hospital. Antes utilizavam-se da desculpa que o pagamento não era feito porque dependia de recursos do governo federal. Mas desde setembro o HE não administra mais o Hospital da Vida. Cabe ao Evangélico pagar os funcionários com recursos próprios”, reiterou Lazaro.

O Evangélico é um hospital privado que atende convênios com planos de saúde, particular e oferece serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS), na áreas de oncologia, cardiologia e nefrologia. Em julho deste ano a unidade anunciou dívidas de R$ 40 milhões e culpou o governos federal, estadual e municipal pela falta de repasse não suficiente para atender o SUS.

Uma comissão de apoio ao Evangélico, criada em julho pelos próprios funcionários, a maioria do alto escalão, pediu intervenção na época dos governos municipal e estadual para ‘salvar’ o hospital que estava em crise financeira. A comissão chegou a divulgar que por mês o SUS tinha déficit de aproximadamente R$ 1,2 milhão com o hospital. No entanto, essa comissão já não existe mais e ninguém quer falar sobre o assunto, inclusive sobre o comunicado que o Evangélico poderia fechar as portas em até 90 dias, prazo encerrado no final de outubro.

A reportagem procurou o Hospital Evangélico para falar sobre os atrasos salariais. De forma limitada, a assessoria do hospital se limitou a responder algumas indagações, mas afirmou que 50% da folha de pagamento já está quitada, restando honrar o salário de 300 funcionários, porém sem citar quando isso irá ocorrer. Alegou também que esse atraso é motivo da falta de repasse de recursos do governo federal, referente ao mês de novembro, não realizado até agora.

O Hospital não quis falar qual o valor do repasse que o governo federal deve fazer, tampouco sobre a crise financeira e devido ser uma unidade privada depende exclusivamente de recursos do governo federal para pagar os funcionários, que não são contratados pelo poder público, mas sim pelo Evangélico.

Hospital Evangélico atrasa salário de funcionários e greve pode começar na sexta

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