21/03/2015 08h12 – Atualizado em 21/03/2015 08h12
Marcos Santos
A Frente Nacional do Brasil e o Sindicato Rural de Dourados realizam amanhã, a partir das 10h, no Parque de Exposição João Humberto de Carvalho, um encontro nacional com o objetivo de elaborar a Carta de Dourados, com uma série de reivindicações em defesa do setor produtivo rural e pela moralização na política. “Esperamos a presença da grande maioria dos setores organizados da sociedade e de entidades de classe, porque este é um movimento que surgiu da indignação dos cidadãos de bem que trabalham e produzem”, enfatiza o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antônio Nabhan Garcia, um dos coordenadores da Frente. “Será um protesto em defesa do Brasil e contra os escândalos de corrupção que se instalaram no núcleo do poder”, completa.
Dourados sedia o 4º Encontro da Frente Nacional do Brasil, movimento apartidário e apolítico que nasceu em novembro do ano passado em Araçatuba (SP) e já percorreu as cidades de Presidente Prudente (SP), Londrina (PR) e São Gabriel (RS). “No 3º encontro o movimento colocou mais de 800 pessoas no tattersal do Parque de Exposições Assis Brasil, em São Gabriel, no Rio Grande do Sul”, conta Luiz Antônio Nabhan Garcia. “Reunimos médicos, advogados, engenheiros, arquitetos, líderes religiosos, comerciantes, industriais, produtores rurais, enfim, pessoas que não aprovam a forma como o Brasil está sendo governado”, observa.
Ele ressalta que Dourados foi escolhida para sediar o quarto encontro da Frente Nacional do Brasil com o objetivo de mobilizar a sociedade civil contra os escândalos de corrupção, o pacote econômico do Ministério da Fazenda e a precariedade dos serviços públicos, em virtude da sua força produtiva e por ser a região que melhor simboliza a produção em Mato Grosso do Sul.
O presidente do Sindicato Rural, Lúcio Damália, reforça o convite às entidades. “Estamos convocando os setores organizados da sociedade douradense para aderir a esse protesto, entre eles a Associação Comercial e Empresarial (Aced), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), os Sindicatos Rurais da Grande Dourados, entre outros organismos que estão engajados na defesa do nosso país”, enfatiza Lúcio Damália.
Lúcio Damália ressalta que este não é um movimento da UDR ou somente dos produtores. “A Frente Produtiva do Brasil é de todos os brasileiros, mesmo porque os protestos que aconteceram no último domingo em todo o país deixaram claro que a sociedade não aceita mais tanto desmando na coisa pública”, explica. “Todos os setores da população são vítimas do descalabro do atual governo federal e passou da hora de dar um basta”, ressalta Damália. O encontro que acontece amanhã em Dourados reunirá lideranças de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O presidente da União Democrática Ruralista, Luiz Antônio Nabhan Garcia afirma que a frente ganhou o apoio popular. “Esperamos a presença da grande maioria dos setores organizados da sociedade e de entidades de classe, porque este é um movimento que surgiu da indignação dos cidadãos de bem que trabalham e produzem”, enfatiza. “Será um protesto em defesa do Brasil e contra os escândalos de corrupção que se instalaram no núcleo do poder”, completa.
Para ele, a sociedade descobriu que caiu num estelionato eleitoral ao conferir mais um mandato a presidente Dilma Rousseff. “Foi um golpe e isso ficou claro a partir do momento em que, logo após a posse, a presidente começou a colocar em prática tudo aquilo que ela garantiu que não faria, ou seja, violou direitos trabalhistas, aumentou a carga tributária, elevou a tarifa de energia e os preços dos combustíveis, enfim, a população foi enganada”, desabafa Luiz Antônio Nabhan Garcia.
Ele ressalta que as manifestações do último domingo deixaram evidente que a sociedade brasileira não aceita mais a situação atual. “O mais importante é que cada um dos senadores e deputados federais que formam o Congresso Nacional ficaram sabendo que o povo está de olho neles e não permitirá que eles continuem legislando em causa própria”, ressalta. “Tanto, que a Frente Produtiva do Brasil está enviando ofícios às comissões de Agricultura e Pecuária da Câmara dos Deputados e do Senado Federal pedindo a realização de uma Audiência Mista no Congresso Nacional para apresentar nossas reivindicações e propor soluções para os problemas nacionais”, comenta.
