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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Rede municipal de ensino tem mais de 600 alunos especiais

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24/03/2015 07h55 – Atualizado em 24/03/2015 07h55

Mas grande parte desses estudantes não chegam a se enquadrar na educação especial

Flávio Verão

As escolas e Centros de Educação Infantil (Ceims) da rede municipal de ensino em Dourados possuem mais de 600 estudantes com algum tipo de deficiência. Mas muitos desses alunos não são público alvo da educação especial, enquadram-se nos transtornos, síndromes e distúrbios como dificuldade de aprendizagem, déficit de atenção, hiperatividade, dislexia, disgrafia e discalculia o que exige, além do acompanhamento pedagógico, outros tipos de atendimentos (clínico).

No último censo escolar, do ano passado, Dourados tinha na rede municipal 561 estudantes que se enquadravam com algum tipo de deficiência. Para esse ano estima-se que aumentou em pelo menos 15% o quantitativo desse público.

Desde 2005 a Secretaria Municipal de Educação tem oferecido, seja em parceria com o Ministério da Educação e outras instituições, formação continuada aos professores referente aos aspectos teóricos, filosóficos e metodológicos da educação especial. De acordo com a professora Terezinha Piva Espósito, do Núcleo de Educação Especial, desde 2012 os professores regentes, aqueles responsáveis pelas salas de aulas, e os de apoio educacional, seja ele professor ou estagiário, passaram a receber cursos de formação na própria unidade escolar.

Hoje, das 45 escolas da rede municipal, 35 delas contam com salas de Recursos Multifuncionais, além de dois Ceims, onde é oferecido atendimento educacional especializado, no contra turno à escolarização do aluno com necessidades educacionais especiais. Cada uma dessas salas há professores especializados que trabalham de forma individual com cada aluno.

A formação aos professores dessas salas de educação especializada, segundo Terezinha, acontece a cada quinze dias. “Uma das funções deste professor é colaborar e orientar os professores da sala de aula comum e quanto às necessidades específicas dos alunos respeitando e valorizando suas habilidades e potencialidades, inclusive nas adaptações de materiais, facilitando assim o trabalho do professor regente”, explica.

Atualmente, todas as escolas possuem alunos matriculados e com laudo de algum tipo de deficiência (física, visual, auditiva, intelectual, autismo), transtornos, distúrbios e psicoses infantis. E, cerca de 16 Ceims, têm crianças matriculadas com deficiência. Parte dessas instituições já se adaptaram ou estão adaptando seus espaços com acessibilidade para receber esses alunos.

“Não podemos afirmar que as escolas estão totalmente preparadas para receber o aluno público alvo da educação especial, mas que estamos organizados para recebê-los isso é fato, mesmo porque todo ser humano é único e primeiro precisamos recebê-lo para observá-lo e daí poder proporcionar a acessibilidade necessária segundo suas habilidades e potencialidades, pois mesmo tendo alunos com a mesma deficiência, não podemos generalizar o atendimento”, ressalta Terezinha.

Ela acrescenta que as escolas e Ceims estão adaptados dentro do que é possível. “Vale ressaltar que nem todas estão adaptadas arquitetonicamente, pois depende em grande medida de recursos federais pra essas adaptações. No entanto, grande parte possui adaptações e outras estão em processo”, disse.

Quanto a questões de recursos humanos, o município, segundo Terezinha, tem feito esforços significativos para atender os alunos reconhecendo as suas diferenças e adotando novas práticas pedagógicas.

“No entanto, não é fácil e imediata a adoção dessas novas práticas, pois ela depende de mudanças que vão além da escola e da sala de aula, como o envolvimento da família e comunidade. Um exemplo é um local especifico para o atendimento do aluno que necessita de cuidados na higiene, por exemplo. As escolas tem se esforçado ao máximo para atender da forma mais humana e segura possível já que a oferta de recursos financeiros e materiais nem sempre são disponibilizados no mesmo ano”, finaliza.

Escolas se adaptam de acordo com as necessidades dos alunos; na foto estudante Rafael, da Laudemirafoto - Hédio Fazan

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