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sexta-feira, 26 de abril de 2024

UEMS e lideranças indígenas discutem ampliação de vagas

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15/10/2014 09h40 – Atualizado em 15/10/2014 09h40

Lideranças indígenas se reuniram com o reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Fábio Edir, para debater a possibilidade de ampliação de vagas para o curso de Tecnologia em Agroecologia objetivando atender a comunidades indígenas de diferentes áreas rurais no interior do Estado. O encontro aconteceu sexta-feira, na sede da UEMS, na unidade universitária de Dourados.

A comitiva, composta por membros da etnia Terena, encaminhou à UEMS uma solicitação formal, incluindo um modelo de projeto pedagógico referencial, elaborado especificamente para atender à demanda que beneficiará mais de 30 famílias indígenas que residem em áreas rurais, nos municípios de Dourados, Caarapó, Nioaque e Miranda.

De acordo com os líderes terena, a intenção é oportunizar o aprendizado a famílias que desejam produzir e que, no momento, se encontram desassistidas. Como o curso de Tecnologia em Agroecologia da Unidade de Glória de Dourados alcançou êxito na inclusão de estudantes provenientes de aldeias e assentamentos indígenas, promovendo o cultivo sustentável da terra em suas comunidades de origem, a demanda pela oferta de mais vagas tornou-se imprescindível.

O reitor Fábio Edir, juntamente com membros da UEMS, entre professores ligados à temática indígena e a pró-reitora de Ensino, Silvane Freitas, acenou que a Universidade possui grande interesse em contribuir com a proposta apresentada pelo grupo.

“O atendimento às comunidades indígenas é prioridade para nossa instituição, portanto, iremos estabelecer um estudo com a intenção de ofertar o curso para comunidades que vivem afastadas das cidades. A efetividade desse processo, porém, será submetida a estudos de viabilidade financeira e a busca de parcerias”, informou Fábio Edir.

No encontro também estiveram presentes representantes de outras instituições, como a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e o Instituto Federal do Estado (IFMS), que confirmaram o propósito de apoiar no processo de atendimento a essas populações.
Demanda crescente

O curso de Tecnologia em Agroecologia ofertado pela unidade universitária de Glória de Dourados se caracteriza pela forte presença da população indígena, englobando um número crescente de estudantes provenientes de assentamentos rurais e comunidades que, uma vez formados, retornam ao seu local de origem contribuindo substancialmente para a melhora de sua realidade.

Conforme o professor Edson Talarico, da unidade da UEMS de Glória de Dourados, o curso tecnológico tem obtido índices bastante positivos relacionados à inclusão indígena ao ensino superior. “A procura deste curso pelas populações indígenas tem se consolidado por fatores diversos, em especial pelo sistema de cotas que a UEMS pratica, o que ocasiona uma grande busca dessas populações ”, informa Talarico.

O papel institucional da UEMS nesse cenário, de acordo com Talarico, é ímpar, pois o curso ofertado possui uma “forte conotação de gerar um líder ou um consultor comunitário que vai trabalhar juntamente aos produtores de suas comunidades, somando esforços para transformar positivamente a vida de suas comunidades”, ressalta o professor.

A UEMS garante, desde sua criação, o ingresso de negros e indígenas por meio de cotas permanentes a todos os cursos ofertados, consolidando sua política institucional voltada às minorias e fortalecendo o papel da Universidade em oportunizar o acesso dessas populações ao ensino superior com qualidade.

Reitor e lideranças indígenas que reivindicam ampliação de vagas para atender à demanda rural

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