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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Paralisação em Campo Grande reúne 50 mil manifestantes nas ruas

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28/04/2017 14h27 – Por: Da redação

Mais de 50 mil trabalhadores participaram da greve geral contra as reformas previdenciária, trabalhista e a terceirização, hoje em Campo Grande. A maior concentração foi na área central durante uma caminhada pelas principais ruas da área central. As ações começaram cedo. Às 5 da manhã a saída dos ônibus da cidade foi bloqueada com a participação e apoio dos próprios funcionários; Repartições públicas também sequer abriram e o comércio central fechou as portas em solidariedade ao movimento. Diversos segmentos também paralisaram suas atividades como servidores públicos (municipal, estadual e federal), bancos e correios.

Trabalhadores da indústria da construção civil também paralisaram as obras nos canteiros e em pelo menos dois locais houve conflitos com seguranças que tentaram impedir a manifestação pacífica e democrática. No final da caminhada, que terminou por volta das 11 horas, na Praça do Rádio, os organizadores discursaram e divulgaram pautas de trabalho para o restante do dia em vários pontos da cidade, como na frente do prédio do INSS, na Rua 26 de Agosto, que não abriu as portas para o atendimento público; nos canteiros de obras e na Assembleia Legislativa, onde os manifestantes participaram de uma audiência pública com parlamentares, pedindo o apoio da Casa para a luta que é de toda sociedade.

Além de manifestantes de Campo Grande, a Capital recebeu delegações de trabalhadores de dezenas de municípios de Mato Grosso do Sul, como Sonora, Aquidauana, Dourados, Rio Brilhante, Três Lagoas, Naviraí, Maracaju, Ponta Porã, Nova Andradina e Sidrolândia. Foram registrados mais de 200 sindicatos presentes na caminhada, empunhando bandeiras, faixas e cartazes contra as reformas trabalhista e previdenciária.

Foram necessários dois carros de som (trio elétrico) para “puxar” a multidão de mais de 50 mil manifestantes que começaram a concentração na Praça Ary Coelho às 8 da manhã. Às 9h40 eles começaram a ocupar as ruas, começando com a 15 de Novembro, segundo pela Rua 14 de Julho, a principal da cidade. Seguiram até a Rua Antônio Maria Coelho, onde viraram na 13 de Maio, até a Barão do Rio Branco e depois seguiram até a Praça do Rádio.

Para se ter ideia da grandiosidade da manifestação, enquanto manifestantes passavam pela Rua 14 de Julho, equina com a Don Aquino, o grupo de frente já havia caminhado 10 quarteirões. Estavam na Rua Barão do Rio Branco. “Foi uma grande demonstração de força do povo sul-mato-grossense, pois o movimento foi realizado em Campo Grande e diversas cidades do interior”, informou Idelmar da Mota Lima, presidente regional da Força Sindical.

META ALCANÇADA – Elvio Vargas, líder do Comitê Estadual Contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista (formada por todas as centrais: Força, CUT, CTB, CSB, CGTB, NCST, UGT e Conlutas) disse que o povo está consciente das ameaças que representam essas famigeradas reformas, que querem realmente acabar com os direitos dos trabalhadores.

“Essa presença maciça neste dia histórico servirá para que as autoridades levem mais a sério o trabalhador brasileiro e respeitem seus anseios e reivindicações. Estamos aqui, firmes, atentos e lembrando aos nossos deputados, senadores, e autoridades do executivo federal, que no ano que vem teremos eleições e iremos, da mesma forma, cobrarmos duro de cada um”, afirmou Vargas.

Webergton Sudário, presidente da Fetricon, também saiu otimista com a grandiosidade do movimento em Mato Grosso do Sul. “Ficamos felizes em saber que o povo correspondeu aos nossos chamados porque está consciente do perigo que representam realmente essas mudanças trabalhista e previdenciária, na vida de todos nós”, afirmou.

José Lucas da Silva, presidente da CSB regional (Central dos Sindicatos Brasileiros) discursou aos presentes tecendo duras críticas aos deputados federais Mandeta, Tereza Cristina, Elizeu Dionízio e Marun, que votaram favoráveis à reforma trabalhista esta semana. Ele também reafirmou que o movimento sindical não vai se esquecer disso no período eleitoral de 2018, tanto é que vai até lembrar o eleitor sobre o procedimento de cada um nesse período crítico em que os direitos dos trabalhadores estão ameaçados.
Genilson Duarte, presidente regional da CUT/MS acompanhou as manifestações desde as primeiras horas da manhã, tanto junto aos trabalhadores em transporte coletivo, construção civil e depois na caminhada da vitória, pelas principais ruas de Campo Grande. Ele estima em 60 mil trabalhadores na caminhada hoje na cidade. Disse também que novas investidas serão feitas nos próximos dias com todas as centrais, federações e sindicatos, até que essas ameaças contra os trabalhadores sejam todas afastadas.

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