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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Na ACED, consultor reforça importância da sucessão em empresas familiares

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Por: Da redação – 28/06/2016 06h51

O consultor José Kleber Corrêa de Barros Ziede esteve em Dourados na sexta-feira para falar aos empresários douradenses sobre a sucessão nas empresas familiares e os estágios para transferência de gestão nos empreendimentos ao longo dos anos. O consultor é economista e especialista em Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Gestão, Administração Financeira e Governança Corporativa e esteve em Dourados a convite da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED), com apoio da Comid Máquinas.

Na abertura do evento, a presidente Elizabeth Salomão destacou que a nova gestão da ACED tem como principal proposta aproximar o associado da entidade e promover informação e conhecimento aos empresários locais. “Queremos levar informação ao nosso associado e capacitá-lo cada vez mais para o mundo dos negócios. Este é o primeiro de muitos outros encontros de capacitação que ainda teremos nos próximos anos”, garantiu a presidente.

Em pouco mais de uma hora de palestra, o especialista José Kleber Ziede falou sobre os estágios de desenvolvimento dos sucessores e sobre o momento ideal para iniciar este processo. “O ideal é que a sucessão seja iniciada e conduzida pelo próprio fundador da empresa, em um processo que pode levar até 20 anos. Ninguém melhor do que o fundador e seus colaboradores para determinar os conhecimentos necessários para a seleção de um bom candidato a sucessor”, afirmou o palestrante, ao recomendar que o processo não seja implantado em momentos de crise.

Segundo ele, o processo de sucessão tem ligação direta com governança e com o desenvolvimento de novas lideranças, tendo como ponto de partida o envolvimento dos herdeiros e sucessores. “Para preparar um herdeiro, é preciso envolve-lo, inclusive com formação acadêmica e experiência fora dos negócios da família. Outra medida importante é separar os assuntos da empresa dos assuntos da família”, acrescentou.

Durante a palestra, o consultor apresentou também os altos índices de mortalidade das empresas familiares na passagem de gerações. Segundo dados do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), apenas 25% das empresas sobrevivem na passagem da primeira para a segunda geração. Quando o assunto é a passagem para a terceira geração, os números são ainda mais preocupantes: apenas 12% delas permanecem no mercado. Segundo o especialista, os índices tão baixos são provocados por diversos fatores, entre eles venda do negócio, perda do interesse, os desafios e mudanças no mercado e problemas familiares. “O ponto mais importante é compreender que não é o negócio que depende da família, mas sim a família que depende do negócio”, orientou.

Ele citou diversos exemplos de empresas centenárias, que hoje já atuam na terceira geração: Gerdau, com 112 anos; Granado (145 anos); Mackenzie (145 anos). Hering (135 anos), Karsten (133 anos) e o Jornal do Commercio, publicação conhecida no Rio de Janeiro, com 188 anos de fundação. “Estas empresas sobreviveram ao longo dos anos porque souberam trabalhar a sucessão. Em algum momento, algum dos gestores se preocupou em repassar os princípios necessários para a continuidade da empresa”, concluiu.

Consultor José Kleber Ziede desmistificou a sucessão em empresas familiares

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