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sexta-feira, 26 de abril de 2024

“Exit” aponta saída para Dado Villa-Lobos

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Trabalho solo do artista, direciona honrosa saída no caminho de canções mais reflexivas como “A Saudade dos Unicórnios” e Voltando Para a Escola”, destaques deste quarto álbum

11/12/2017 09h29 – Por: DouradosAgora

Há saída para Dado Villa-Lobos fora do universo particular da Legião Urbana, banda brasiliense que catapultou ao estrelato esse guitarrista de origem belga e vivência brasileira? Parece que sim. Por mais que soe irregular e ligeiramente inferior ao anterior álbum solo do artista, “Exit” (RockIt!) aponta honrosa saída no caminho de canções mais reflexivas como “A Saudade dos Unicórnios” (Dado Villa-Lobos, Nenung e Estevão Casé) e “Voltando Para a Escola” (Dado Villa-Lobos, Nenung e Roberto Pollo), destaques da safra oscilante deste quarto álbum solo de Dado, produzido por Estevão Casé com Lucas Vasconcellos.

Sem dom para a arte de cantar, Dado mostrou há cinco anos no álbum anterior, “O Passo do Colapso” (2012), que consegue se movimentar à vontade em faixas mais climáticas. Em “Exit”, disco lançado neste mês de dezembro de 2017, tal habilidade é reiterada em Integrado (Bruno Di Lullo e Domenico Lancellotti), tema espiritualizado de lavra alheia que poderia figurar em qualquer disco da banda gaúcha Os The Darma Lóvers, cujo mentor, Nenung, vem sintomaticamente alicerçando a parceria com Dado disco após disco, a ponto de assinar, sozinho ou como parceiro do artista, nada menos do que sete das 12 músicas de “Exit”.

De todo modo, a assinatura de Nenung jamais se afiança como garantia de êxito. “Partida” (Nenung) se envereda pelo campo do rock, desbravado já no início do álbum pela stoniana “7 X 1” (Dado Villa-Lobos, Nenung e Gabriel Muzak), rock que dá o pontapé inicial de “Exit” com a exposição das derrotas cotidianas no Brasil em todos os campos. Poderia ser um golaço, mas “7 X 1” soa como um rock fora de forma em disco que geralmente se desvia da fúria do rock por trilhos mais suaves.

Com capa que expõe unicórnio no traço do pintor belga Martin de Vos (1532 – 1603), o álbum “Exit” se escora na sonoridade. Mesmo que o cantor seja falso e que não sejam exatamente bonitas canções como “Respeito” (Dado Villa-Lobos e Nenung), “Exit” escapa do fiasco pela sonoridade sedutora que envolve músicas como a road song “Blue” (Dado Villa-Lobos e Nenung) e “L’oeil du Drône”, canção do produtor Lucas Vasconcellos vertida por Dado para o francês, com letra recitada na primeira metade da faixa.

Para o jornalista Mauro Ferreira, em crítica para o portal G 1, é inegável a contribuição de Estevão Casé e de Lucas Vasconcellos como produtores desse álbum em que Dado traz para o português um tema do repertório do grupo norte-americano de rap Beastie Boys – “I don’t Know” (Mike D, Ad-Rock e MCA, 1998), intitulada “Então Vem” na versão folk gravada em EXIT com o vocal da cantora carioca Nina Becker – e em que dá a voz opaca a uma composição de Lourenço Monteiro, “A Bolha”.

Enfim, “o Presente é um caminho sem volta”, como reconhece e canta Dado em verso de “Voltando Para a Escola”, música que encerra “Exit” e que embute citação de “Every little Counts” (Bernard Summer, Peter Hook, Stephen Morris e Gillian Gilbert, 1986), composição que fecha o quarto álbum de estúdio da banda britânica New Order, “Brotherhood” (1986).

Aos 52 anos, Dado Villa-Lobos sabe que já não é nenhum garotinho. Mas, como admite em outro verso da música, ainda se sente na escola, seguindo passo a passo em meio ao colapso e aprendendo a soprar novos sonhos (e sons) no mundo.

Músico Dado Villa-Lobos ex-Legião Urbanas volta ao trabalho solo com novo disco “Exit”

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