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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Ex-diretor da Petrobras cita políticos em caso de propina; veja nomes

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06/09/2014 13h46 – Atualizado em 06/09/2014 13h46

G1

Reportagem da edição deste final de semana da revista “Veja” afirma que o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa revelou em depoimentos à Polícia Federal que três governadores, seis senadores, um ministro e pelo menos 25 deputados federais foram beneficiados com pagamentos de propinas oriundas de contratos com fornecedores da estatal.

Segundo a publicação, o ex-dirigente citou, entre outros políticos, os nomes da governadora Roseana Sarney (Maranhão) e dos ex-governadores Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco); do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI); e dos deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Cândido Vacarezza (PT-SP), Mário Negromonte (PP-BA) e João Pizzolatti (PP-SC).

Citados em depoimentos negam

À revista, o ex-governador Sérgio Cabral informou que sua relação com Paulo Roberto Costa sempre foi institucional e que nunca recebeu dinheiro dele. Roseana Sarney também deu a mesma versão, conforme a reportagem. Substituta de Eduardo Campos na corrida presidencial, a ex-senadora Marina Silva (PSB) defendeu o ex-governador. “O fato de ter um empreendimento da Petrobras feito no seu estado, não dá o direito a quem quer que seja de colocá-lo na lista dos que cometeram qualquer irregularidade”, afirmou.

Segundo “Veja”, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, informou, por meio de assessoria, que sua relação com Paulo Roberto sempre foi “institucional”. Ele negou à revista ter recebido dinheiro do ex-diretor da Petrobras.

Renan Calheiros não se manifestou para a reportagem sobre a acusação de Paulo Roberto Costa. Líder do governo no Senado nos governos Lula e Dilma, o senador Romero Jucá distribuiu nota, por meio da assessoria, para rechaçar a menção a seu nome. Na nota, o senador diz que conhecia Costa de forma institucional e “repudia as insinuações” feitas pela reportagem. “O senador nega ter recebido qualquer recurso por meio do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e que conhece o diretor de maneira institucional. Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira disse à revista que conheceu o ex-diretor da Petrobras em eventos do partido e negou ter recebido dinheiro dele.

O deputado Henrique Alves, presidente da Câmara, informou a “Veja” que nunca pediu ou recebeu nenhum tipo de ajuda do ex-dirigente da Petrobras. Ex-líder do governo na Câmara, Vaccarezza disse à publicação que só esteve com Costa “umas duas vezes”. Pizzolatti e Negromonte não responderam, informou a revista.

O secretário nacional de Finanças do PT, João Vaccari Neto, foi citado no texto da revista como responsável pela ponte entre o partido e o esquema de pagamento de propina na Petrobras. Não há detalhes na reportagem sobre como funcionaria essa intermediação. Vaccari divulgou nota na qual nega a acusação. “É absolutamente mentirosa a declaração de que tenha havido qualquer tratativa, seja pessoal, por e-mail ou mesmo telefônica, com o referido senhor a respeito de doações financeiras ou qualquer outro assunto”, disse na nota.

O suposto esquema

Integrante da diretoria da Petrobras entre 2004 e 2012, Costa foi preso pela Polícia Federal (PF) durante as investigações da Operação Lava Jato, que revelou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Devido às acusações, ele está preso no Paraná.
O ex-diretor da estatal do petróleo fez um acordo de delação premiada. Os depoimentos de Costa à PF têm ocorrido diariamente, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. A PF não revela o conteúdo dos depoimentos.

A reportagem de “Veja” não detalha o papel que cada um dos políticos mencionados por Costa teve na suposta fraude. O texto diz que, pelo acordo firmado com o Ministério Público Federal, o ex-dirigente teria se comprometido a detalhar o envolvimento de cada um dos políticos no esquema. A reportagem também afirma que os policiais federais e procuradores da República estimam que levará mais três semanas para o ex-diretor da Petrobras esgotar o que tem a dizer.

Outra informação relatada pela revista é de que Paulo Roberto Costa teria admitido pela primeira vez, durante os depoimentos da delação premiada, que as empreiteiras contratadas pela Petrobras tinham, obrigatoriamente, de contribuir para um caixa paralelo que era distribuído a partidos e políticos da base governista. O ex-diretor teria dito, informou “Veja”, que cada partido tinha seu encarregado de fazer a intermediação com o esquema de corrupção.

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