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sexta-feira, 26 de abril de 2024

“Escravidão não é coisa do passado”

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“Escravidão não é coisa do passado”, alerta chefe da ONU

ONU News em Nova Iorque 20/03/2017 10h19

Secretário-geral participou de um debate ministerial sobre tráfico de pessoas em situações de conflito na semana passada no Conselho de Segurança; segundo vítimas podem ser encontradas em 106 países; OIT calcula que 21 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado e exploração extrema.

No Conselho de Segurança, o secretário-geral da ONU, António Guterres, participou de um debate ministerial sobre tráfico de pessoas em situações de conflito e fez um alerta.

Em inglês, o chefe da ONU declarou que “gostaria de poder dizer que o tráfico humano é uma coisa do passado”, mas que, “infelizmente, este não é o caso”.

Rede global

Guterres afirmou que as redes de traficantes tornaram-se globais. De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, vítimas podem ser encontradas em 106 países.

A Organização Internacional do Trabalho, OIT, calcula que 21 milhões de pessoas em todo o mundo são vítimas de trabalho forçado e exploração extrema. Estimativas são de que os lucros anuais cheguem a US$ 150 bilhões.

Além desses números, lembrou o secretário-geral, está o custo humano. Ele citou vidas interrompidas, famílias e sociedades dilaceradas e grandes violações de direitos humanos e da lei humanitária internacional.

Mulheres

Guterres ressaltou que o tráfico humano tem muitas formas e lembrou que mulheres e meninas são alvos recorrentes.

O chefe da ONU citou “exploração sexual brutal”, incluindo prostituição e casamentos forçados e escravidão sexual. Ele mencionou ainda o tráfico de órgãos humanos.

Segundo o secretário-geral, o tráfico humano prospera onde o Estado de direito é fraco ou inexistente, destacando que situações de conflito armado são “criadouros” para a questão.

Impunidade

Guterres chamou atenção ainda para a questão da impunidade. De acordo com dados de 2016 do Unodc, dificilmente há condenações por crimes relacionados ao tráfico de seres humanos em situações de conflito ou em outros lugares.

Para o chefe da ONU, há muito que pode ser feito tanto para punir a atividade quanto para preveni-la em primeiro lugar.

Como o tráfico humano “não respeita fronteira”, ele defendeu que Estados-membros devem fortalecer a cooperação na aplicação da lei, investigação e partilha de informações.

Ao mesmo tempo, Guterres afirmou ser preciso “chegar às vulnerabilidades que alimentam esse fenômeno”, dando autonomia a meninas através da educação, respeitando os direitos das minorias e criando canais legais e seguros para migração.

Desenvolvimento Sustentável

Para ele, a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável também pode ajudar a romper as cadeias de exploração, lembrando que três metas abordam o tráfico humano de forma explícita.

Guterres disse ainda que, em um momento de divisões em tantas áreas, este deve ser uma questão de união em torno de áreas como acusação, proteção e prevenção.

Em sua conta no Twitter, o secretário-geral pediu ação contra o tráfico humano, o que considera “uma terrível violação de direitos humanos”.

Jovens mulheres na Colômbia forçadas à exploração sexual. Foto: Unicef/ Donna DeCesare

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