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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Surto de dengue atinge 29 cidades de MS com 14 mil casos e 5 mortes

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26/03/2019 06h31 – Por: Valéria Araújo

Surto de dengue em Mato Grosso do Sul já atinge 29 cidades, sendo que outras 26 estão em alerta com média incidência da doença. De acordo com o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde, são mais de 14 mil notificações até 21 de março desse ano, contra 1,6 mil no ano passado, um aumento de quase 800%. Ao todo o Estado registrou 5 mortes, sendo uma na cidade de Dourados, duas na cidade de Três Lagoas e outras duas em Campo Grande, cidade que já está em estado de epidemia.

De acordo com o último boletim, das 14 mil notificações, um total de 5.897 casos foram confirmados, sendo que 4.098 são da cidade de Campo Grande. Outros 1.017 são da cidade de Três Lagoas e 185 são da cidade de Dourados. O restante está distribuído nos demais municípios do Estado, com exceção de Japorã e Jateí, que não registraram nenhuma notificação.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, as cidades com maior número de registros são: Figueirão com 2.902,9 por 100 mil habitantes, Três Lagoas (2.119,8), Vicentina (1.962,4), Sidrolândia (1.677,8), Água Clara (1.420,6), Mundo Novo (1.274,2), Aparecida do Taboado (1.045,0), Camapuã (1.009,4), Dois Irmãos do Buriti (935,8), São Gabriel do Oeste (911,2), Corguinho (869,7), Rochedo (814,6), Selvíria (778,0), Campo Grande (763,9), Coxim (676,8), Ribas do Rio Pardo (628,7), Aral Moreira (535,7), Itaporã (535,3), Bandeirantes (459,5), Anaurilândia (457,7), Nioaque (9424,2), Fátima do Sul (410,2), Ponta Porã (374,9), Rio Verde de Mato Grosso (361,7), Bataguassu (359,5), Rio Negro (340,7), Brasilândia (334,9), Pedro Gomes (328,8) e Jaraguari (328,6).

A cidade de Dourados aparece com média incidência com 231,8 casos a cada 100 mil habitantes. A alta incidência é a partir de 300 casos a cada 100 mil habitantes. Mesmo com média incidência, os números muito superiores ao do ano passado colocam o município em estado de surto. Nos primeiros três meses do ano passado a cidade registrou 36 casos, contra 481 no mesmo período esse ano.

De acordo com o gerente de Vigilância Epidemiológica de Dourados, Devanildo de Souza, o motivo para o surto está relacionado a volta da circulação do vírus tipo II. Ele explica que visitantes de outras regiões podem ter trazido o vírus. Segundo ele, se a população não ajudar no combate a dengue, Dourados, que já vive um surto e o Estado podem avançar para uma uma epidemia.

Em Dourados os bairros com maior registro da doença são: Água Boa, Jardim dos Estados, Parque das Nações II e 4º Plano. Nesses locais a atenção foi redobrada, segundo a coordenadoda do Centro do Controle de Zoonozes de Dourados (CCZ) Rosana Alexandre da Silva. Conforme ela, após bloqueios químicos, aplicação de multas e ações de limpeza, o número de casos estabilizou nessas regiões de surto. Ela também atribui o auxílio da população nesse combate, já que tem denunciado situações de imóveis fechados, terrenos baldios, entre outros.

Durante todo o ano passado o Estado de MS registrou 10.730 casos. Esse ano, somente nos três primeiros meses foram 14.060.

A Secretaria de Saúde do Estado alerta que os sintomas da dengue tipo 1, 2, 3 e 4 são sempre os mesmos, mas sempre que a pessoa adquire dengue mais de 1 vez os sintomas se tornam mais intensos porque existe o risco de dengue hemorrágica.

Nas ações desenvolvidas pelo Estado, estão liberação de insumos (medicamentos, soro fisiológico e sais de reidratacao oral), UBV pesado (fumacê), inseticida, capacitações, uniformes para os agentes, materiais de divulgação para população, divulgacao de boletins, apoio logístico aos municípios, ativação dos comitês.
A Secretaria alerta ainda que a população tem que fazer tudo o que for possível para evitar a reprodução do mosquito da dengue, evitando todos os focos de água parada dentro de suas casas. Segundo o órgão, não adianta as Secretárias Municipais e o Estado oferecer toda estrutura se a população não fizer a sua parte. Com a vacina em fase de testes a única forma de combate é a prevenção.

População tem que ficar atenta sobre água acumuladaFoto: A. Frota

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